Krishna explica para Nârada o que é Maya ?
Um dia Nârada, o discípulo de Krishna disse a seu mestre senhor mostra-me Maya. O mestre não respondeu, passaram alguns dos dias e Krishna convidou Nârada para que fosse com ele a Um Deserto, após terem encaminhado algumas milhas Krishna disse Nârada estou com sede queres buscar-me um pouco de água ? Sim senhor disse Nârada, irei imediatamente. vou buscar a água que me pedes
e Nârada partiu. não muito longe dali eles tinham Vilarejo; ao chegar nesse local, bateu a uma porta, que ele foi aberto por uma belíssima donzela. diante da jovem, Nârada logo se esqueceu do mestre que esperava água e talvez estivesse morrendo de sede aguardando no deserto. Nârada, Olvidando-se de tudo, começou a falar com a moça. Durante todo aquele dia, não retornou para o seu mestre. No dia seguinte, voltou de novo aquela casa e retomou a conversa com a jovem. Tais visitas e conversações suscitaram um mútuo afeto e uma violenta paixão. Nârada solicitou ao pai da moça a permissão para casar. O enlace não demorou muito a se concretizar e algum tempo depois nasceram, naturalmente, alguns filhos. Nesse ínterim, decorreram doze anos. Seu sogro faleceu e Nârada herdou a propriedade. Viveu assim uma vida muito feliz com sua mulher, filhos, campos e gado. Todavia, numa determinada noite, precipitou-se uma violenta tempestade. O rio, ultrapassando seus limites, invadiu o vilarejo. As casas foram todas derrubadas, os homens e os animais arrastados pela correnteza; muitos morreram afogados, Em face dessa calamidade, Nârada tentou fugir. Com sua mão segurava sua mulher e com a outra, um de seus filhos carregava um segundo no lombo, em busca de uma passagem através do rio caudaloso. Após alguns instantes de busca, conclui que a corrente era muito forte, mas mesmo assim tentou atravessá-la. Por descuido um filho que carregava às costas, caiu na água e foi arrastado. Um grito de desespero ouviu-se dos lábios de Nârada. Tentando salvar aquele menino, deixou escapar também os outros. Todos se afogaram. Escapou-se lhe por fim também a esposa, que ele segurava com toda força. Foi arrastada pela corrente impetuosa. Para seu desespero, Nârada foi atirado a uma ribanceira, salvando-se milagrosamente. Chorava e se lamentava, dava pena de ver. Atrás dele, então, ouvi-se uma voz gentil que dizia: “Meu filho, onde está a água? Mandei-te buscar um pouco de água e fiquei aqui a te esperar. Estiveste fora uma boa meia hora !
Meia hora !, exclamou Nârada…
Sim, de acordo com sua mente condicionada, haviam transcorrido exatamente doze anos, e no entanto todos esses acontecimentos, para ele verdadeiros, sucederam em apenas meia hora de devaneio e extravio…
Krishna disse: “Eis o que é Maya. Viste-o e sentiste-o… Compreendeste agora ? Ou ainda queres que te mostre Maya ? …
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